Puxa,
algumas pessoas estão me perguntando se eu desistí do meu blog ..desse meu cantinho
de pensamentos e emoções sobre os aromas
e os óleos essenciais....
Não,
eu não desistí...apenas me recolhí por
uns dias, falando com o meu coração e costurando alguns pedacinhos que
estavam se soltando! Muitas coisas aconteceram nestes últimos 30 dias, que me
fizeram parar para rever estes últimos 3
anos .... Novos amigos, novas experiências, novos estudos, terapias, emoções, sentimentos....como sou grata por essa nova vida!
Peço
desculpas àqueles que me acompanham, por esse silêncio. Mas acho que ele faz
parte da nossa vida em determinados momentos e é necessário. Qualquer dia
desses, escrevo um texto muito legal sobre o silêncio, que lí num livro da
Celina Fioravante.
Hoje
vou falar um pouco da poncã – ou tangerina, mexerica, como muita gente conhece.
Na realidade, não sou eu que vou falar não...eu vou transcrever um texto do Dr.
José Maria Campos, um ser humano especial, assim como tantos outros escritores
que tenho tido a oportunidade de ler nestes últimos meses. Pessoas ,
estudiosos, que conseguem sentir, se unir às plantas e flores, e escrevem
verdadeiras obras primas sobre tantos presentes que diariamente recebemos.
Essas pessoas são presentes também que são colocados em nossos caminhos, para
nos mostrar, o quão importantes somos e o quanto temos que aprender , viver e
vivenciar.
É
um artigo longo, mas garanto que vale a pena.....
Esse
trecho a seguir, é do livro Jornadas pelo mundo da cura e começa assim:
“
Durante algum tempo trabalhei
intensamente com destilação de óleos essenciais, pois percebia neles
significativo potencial de cura. Pesquisei diversas plantas aromáticas da
região onde morava, como eucalipto, capim-cidreira, cipreste, lípia, pinho,
hortelã-crespa, entre outras. Em determinado momento, concentrei-me na essência
de rosmarinho, que estávamos usando no tratamento de arritmias cardíacas, com
resultados muito positivos.
Certa
manhã, havia programado trabalhar com rosmarinho, mas ao entrar no laboratório
encontrei em seu lugar cascas de tangerina poncã, que na época estava em plena
e abundante safra. Reconhecendo nisso um sinal, mudei meus planos e comecei com
elas a destilação.
Logo
de início o ambiente impregnou-se do aroma forte e penetrante do óleo essencial
daquelas cascas. Ele se evaporava facilmente, demonstrando grande capacidade de
volatilização e de expansão, o que ficou mais evidente quando apliquei uma gota
na pele: difundiu-se de imediato, dissipando-se por completo em segundos.
Ao
terminar a destilação, recolhí no silêncio interior as impressões que aquele
trabalho me proporcionara e dei prosseguimento às outras tarefas que me
aguardavam.....Pouco mais tarde, encontrei uma conhecida que havia 15 anos
sofria de enxaquecas intensas, contínuas e rebeldes às terapias experimentadas
até então.....O início desse processo fora marcado por uma cirurgia de
emergência que tivera de submeter-se. Entrara em estado de choque, desencadeado
por uma hemorragia interna aguda e o ambiente cirúrgico foi tenso e dramático.
Estando ainda sob a ação da anestesia geral, um grande concentrado de forças
conflituosas e densas acumulado em sua vida até então, somado às forças geradas
pelo grupo médico e paramédico que a atendia, foi atraído para dentro do seu
corpo, projetando-se diretamente na rede vascular cerebral e ali ancorando de
forma tenaz. Isso gerou suas crises de enxaqueca contínuas.
Uma
imagem simples pode ajudar-nos a compreender esse fato sutil. Em uma massa de
cimento ainda mole podemos introduzir um objeto qualquer e voltar a retirá-lo
sem dificuldades. Porém, quando a massa endurece, o objeto que nela se
encontrar fica preso. Nas crises de
enxaqueca, o excesso de tensão psíquica faz pressão sobre a contraparte
físico-etérica da rede vascular de áreas específicas do cérebro, promovendo
vasoconstrição acentuada. Após um período de sono reparador , por exemplo, essa
sobrecarga psíquica se desfaz, liberando o indivíduo da dor. Isso é como
retirar o objeto da massa de cimento ainda mole. Condição análoga pode ser observada quando
alguém se encontra sob anestesia geral. A consciência está ausente, tornando-se
o corpo, então, exposto a toda sorte de influências psíquicas, positivas ou
negativas.
Naquele
ser, seus próprios núcleos psíquicos de conflito somaram-se aos que se criaram
no ambiente cirúrgico. Esses concentrados energéticos fixaram-se na estrutura
físico-etérica de sua rede vascular cerebral, quando ele recobrou totalmente
sua consciência, como acontece com uma massa de cimento endurecida. A partir de
então sua enxaqueca tornou-se praticamente ininterrupta.
Toda
essa situação porém, foi armada pelo ser interno dessa pessoa: essa foi a única
forma de impedir que continuasse trilhando caminhos que já não lhe
correspondiam. Passou por longa e penosa aprendizagem pela dor, até dar os
passos internos que lhe permitissem avançar sem desvios e sem retrocessos.
Um
fato interessante foi percebido por ela, após a experiência daquela cirurgia.
Desde jovem fora atraída pelo lado transcendental da existência, mas até aquele
momento, tinha-se dedicado de maneira um tanto superficial e inconstante a esse
assunto. A partir de então, o anseio pela vida espiritual tornou-se
fundamental, levando-a após muita procura, a encontrar seu atual grupo de serviço.......
Veio-me
à consciência uma experiência feita havia quase 2 anos e da qual tinha me
esquecido. Coletara cascas de tangerina para extrair delas o óleo essencial.
Após secá-las e transformá-las em pó, acondicionei-as em um vidro de boca larga
e tampa plástica. Passaram-se meses e, ao tomar novamente o pó para trabalha-lho,
percebi pequenas massas negras sobre ele, como se fossem colônias de fungos,
destacando-se do seu alaranjado vivo. Examinando-as de perto, logo desvendou-se
o mistério. Durante o tempo em que o pó permaneceu no frasco fechado, seus
óleos essenciais foram-se desprendendo e passaram a interagir com a tampa
plástica. Esta, de cor preta, dissolveu-se e gotejou.
Percebí
então, intuitivamente, que os óleos essenciais das cascas de poncã poderiam
colaborar na dissolução da tendência à enxaqueca. Aplicados na região da nuca,
em compressas, sua propensão expansiva e volátil os levaria às partes do
cérebro onde os concentrados psíquicos se haviam enquistado. Estes seriam
assim, dissolvidos por meio da capacidade corrosiva desses óleos.
Por
dois meses consecutivos, essa pessoa submeteu-se a um tratamento intensivo:
compressas com óleo de poncã lhe eram aplicadas todas as noites na região da
nuca, onde permaneciam até a manhã seguinte: após o almoço, elas eram aplicadas
na testa e ali ficavam por pelo menos
uma hora. Como esse óleo atua na dissolução de aglomerados psíquicos densos
arraigados na área da cabeça, essa pessoa fez também pedilúvios com sal amargo,
todos os dias ao acordar, para facilitar a drenagem e eliminação das toxinas
desalojadas durante a noite.....
A
resposta ao tratamento foi imediata, com pronta diminuição da intensidade das
dores e espaçamento progressivo entre elas, chegando a intervalos de até uma semana.
Quando apareciam, um simples analgésico era agora capaz de eliminá-las.
Grande
transformação foi-se operando no íntimo dessa pessoa. Sonhos e percepções
vinham-lhe à consciência ao longo do tratamento, sinalizando o que deveria ser
transcendido e os novos passos a serem dados. Participava também de estudos em
grupo sobre temas espirituais, que lhe davam a luz necessária para o
prosseguimento de sua jornada. Sua fisionomia foi-se descongestionando,
tornando-se mais radiante, e todo o seu ser passou a vibrar de forma mais pura.
Com o tempo, ficou totalmente livre da dor, apesar das grandes provas que ainda
teve de enfrentar na vida”.
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