terça-feira, 5 de dezembro de 2017

COPAIBA BRANCA

O DIFERENCIAL DO NOSSO ÓLEO DE COPAÍBA
Primeiramente, da copaíba é extraído um produto chamado oleoresina. Ele é obtido com a ajuda de um instrumento parecido com um saca rolha gigante que perfura o tronco e dali verte uma oleoresina que possui cerca de 50-90% de óleo essencial e 10-50% de resina e ácidos diterpênicos fenólicos.
Árvores das quais nunca se extraiu, costumam dar oleoresinas com muita resina e, portanto, baixa qualidade, por terem pouco princípio ativo. Os óleos mais fluídos em geral são mais ricos terapeuticamente.
O óleo essencial puro é obtido depois pela destilação da oleoresina. No quesito terapêutico, uma oleoresina fluída pode ser tão eficaz quanto o óleo destilado, pois, apesar de ter às vezes 10% a menos de óleo essencial, em compensação traz alguns ácidos diterpênicos fenólicos como o ácido copaíco, que são altamente terapêuticos contra o câncer, inflamações e dores.
Em alguns casos, a oleoresina pode ser terapeuticamente mais eficaz que o óleo destilado (isso se tiver pouca resina e mais ácidos diterpênicos).
Temos vários tipos de copaibeiras para extração de óleo nas florestas brasileiras, havendo dois tipos de produtos principais no mercado, a oleoresina advinda das chamadas copaíbas brancas (onde incluem-se as variedades angelim, mari mari e o óleo é transparente) e as vermelhas (esta inclui apenas a espécie Copaifera langsdorfii de óleo de cor vermelha). Em geral todas possuem alto teor de beta-cariofileno e ações similares, podendo ser substituídas.
O produto chamado de "óleo vegetal" de copaíba pode ser óleo puro destilado da copaíba, a oleoresina pura ou ainda a mescla de um destes com algum óleo vegetal (o mais comum é mesclar com girassol e destinar a massagem). Então, é preciso estar atento com esta terminologia "óleo vegetal", pois tudo que vem de planta é vegetal e muitas vezes está se comprando misturas para massagem.
A Laszlo trabalha com o óleo de copaíba desde que começou no ano de 2000. De lá pra cá tivemos em mãos análises e amostras de óleos adulterados com óleo de soja e óleo mineral, além de óleos com teores de quase 50% de resina, que inviabilizavam seu uso. Os óleos que sempre trabalhamos continham teores de 50-55% de beta-cariofileno, princípio ativo majoritário da copaíba.
NOVO DIFERENCIAL DA COPAÍBA BRANCA LASZLO
No fim do ano passado, recebemos em mãos o óleo de copaíba branca (Copaifera officinalis) de um novo fornecedor que tem uma qualidade muito diferenciada e intrínseca à região onde as árvores crescem. Este óleo nos deixou tão entusiasmados que paramos de trabalhar com as variedades brancas (mari mari e angelim) anteriores e priorizamos somente ter este óleo comercialmente vendido na Laszlo hoje SIMPLESMENTE como COPAÍBA BRANCA.
O que tem de tão diferente nesta COPAÍBA BRANCA que atualmente a Laszlo comercializa?
É a presença elevada de alfa-humuleno. Este componente é um isômero do beta-cariofileno (também chamado de beta-humuleno). Sua presença neste óleo de copaíba aumenta consideravelmente sua ação anti-inflamatória, analgésica e anticancerígena. Há pesquisas mostrando ação sinérgica entre estas duas moléculas, que juntas, atuam mais poderosamente que separadas. Um exemplo é o câncer, onde encontrou-se atividade anticancerígena pronunciada desta sinergia alfa-humuleno e beta-cariofileno.
Óleos também ricos em alfa-humuleno são a sucupira (5-15%) e a erva-baleeira (2-3% alfa-humuleno). Nas aplicações anti-inflamatórias destes dois óleos a COPAÍBA BRANCA (QT ALFA-HUMULENO) da Laszlo tem grande potencial de substituição.
No caso da erva-baleeira, há um medicamento no Brasil feito com este óleo essencial, o Acheflan. Este é um medicamento para uso externo, indicado no caso de tendinites, afecções musculoesqueléticas associadas à dor e inflamação, como dor miofascial (como dorsalgia e lombalgia), em quadros inflamatórios dolorosos associados a traumas de membros, entorses e contusões.
Cada g de creme de Acheflan contém: Cordia verbenacea DC. (Óleo essencial) …………5,0 mg (equivalente a 0,130 mg de alfa-humuleno).
Devido ao teor de alfa-humuleno que a copaíba branca da Laszlo possui, pode ser até 4 vezes maior que o do OE de erva-baleeira e, somado aos seus outros princípios ativos, esta copaíba é uma interessante alternativa para substituição a erva-baleeira na confecção de géis e cremes para as mesmas indicações do Acheflan.
O Acheflan possui apenas 0,5% de OE de erva-baleeira. Você pode preparar um creme ou gel contendo 5% de copaíba branca, que será de 40 a 80 vezes mais potente e concentrado em alfa-humuleno que o Acheflan.
Temos disponível tanto o óleo essencial destilado desta copaíba quanto sua oleoresina. Vemos abaixo que o óleo essencial tem teor de 8% de alfa-humuleno e 50% de beta-cariofileno. Já a oleoresina possui 5% de alfa-humuleno e 38% de beta-cariofileno, mas traz um imenso diferencial também.
Esta oleoresina possui 16% de ácidos diterpênicos, o teor mais alto dentre os óleos do mercado e que agrega, junto do alfa-humuleno, um potencial terapêutico incrível, potencializando imensamente todas as ações terapêuticas que as copaíbas comuns do comércio possuem.
OLEORESINA
Constituintes %
1 1333 δ-elemeno 0.4
2 1345 α-cubebeno 0.5
3 1371 α-copaeno 3.5
4 1390 β-elemeno 1.0
5 1415 β-cariofileno 38.8
6 1433 cis-α-bergamoteno 0.3
7 1436 trans-α-bergamoteno 2.7
8 1448 humuleno 5.4
9 1477 germacreno d 7.7
10 1493 β-selineno 1.1
11 1512 β-bisaboleno 2.5
12 1523 δ-cadineno 2.2
13 1550 elemol 1.0
14 acidos diterpenicos 16.6
outros 16.2
ÓLEO ESSENCIAL
Constituintes %
1 1332 δ-elemeno 0.9
2 1344 α-cubebeno 1.2
3 1370 α-copaeno 6.0
4 1389 β-elemeno 2.1
5 1414 β-cariofileno 50.5
6 1432 cis-α-bergamoteno 2.8
7 1435 trans-α-bergamoteno 5.5
8 1447 humuleno 8.1
9 1474 germacreno d 4.5
10 1491 β-selineno 2.2
11 1511 β-bisaboleno 3.8
12 1522 δ-cadineno 4.1
13 1575 oxido cariofileno 1.0
outros 7.3
*obs.: Outros = corresponde a outros componentes NATURAIS do óleo essencial em porcentagens inferiores a 1%.

OBSERVAÇÕES SOBRE POTENCIAL TERAPÊUTICO DA COPAÍBA
Para concluirmos, é interessante destacarmos que a copaíba é um dos óleos/oleoresinas mostrou em pesquisas algumas das seguintes características:
1. Oleoresina (OR) com muitos ácidos diterpênicos (como a copaíba branca da Laszlo) mostrou grande potencial antifúngico contra fungos de pele (micoses) e antibacteriano. O óleo essencial (OE) por não conter estes ácidos, possui baixa eficiência.
2. Foi demonstrado que o oleoresina de copaíba é 2 vezes mais potente como anti-inflamatório que o medicamente diclofenaco de sódio, componente ativo presente nos remédios voltaren, cataflan, tandrilax e outros).
3. Ambos (OR e OE) possuem atividade analgésica potente pela atuação em receptores opióides. Nestes mesmos receptores parecem afetar a ansiedade (o beta-cariofileno mostrou ser ansiolítico) e reduzir a compulsão por drogas (como o álcool - pesquisa com ratos).
4. Há estudos evidenciando potencial anticancerígeno elevado para o alfa-humuleno, que quando combinado com o beta-cariofileno, mostrou ter aumento de absorção e ação em células tumorais. Além disso, há estudos demonstrando que a copaíba aumenta a penetração de quimioterápicos, como o taxol (tamoxifeno) em células cancerígenas e reduziu a toxicidade do quimioterápico cisplatina em células saudáveis sem afetar sua ação em tumores.
5. Copaíba (OR principalmente) tem excelente efeito em úlceras estomacais e cistite quando usado oralmente.
6. Copaíba (OR e OE) mostrou forte potencial terapêutico na melhoria das endometriose.
Leia mais sobre pesquisas realizadas com este OE e OR (inclusive sobre as indicações acima) em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=copaiba+oil
Fábián László
Cientista aromatólogo
CEO Grupo Laszlo

LASZLO
O essencial em sua vida!

sábado, 27 de maio de 2017

ÓLEO ESSENCIAL DE CIPRESTE AZUL


Eu peço licença para o Fabian Laszlo , para reproduzir um artigo que foi publicado hoje no face da Laszlo, sobre o Cipreste Azul. Esse óleo é raro não apenas por ser difícil de se encontrar (até hoje só ví a Laszlo vendendo), como pelo seu trabalho, seu aroma suave e aconchegante. Para quem está acostumado com o óleo de cipreste lusitânica (Cupressus lusitanica) ou cipreste europeu (Cupressus sempervirens),  vai sentir a diferença...vale a pena ler o texto e experimentar ..!

CIPRESTE AZUL
O óleo que faz neurônios crescerem e paralisa a tensão muscular
"O cipreste azul (Callitris columellaris (sin.: Callitris intratropica)) é um novo óleo essencial que chega na aromaterapia armado de grande potencial terapêutico. Seu maior destaque é a sua capacidade neuroprotetora e indutora do crescimento de axônios em neurônios, útil a quem sofre de doenças associadas com a perda neural (como o Alzheimer, esclerose múltipla, avc, senilidade e outros), e sua potente ação relaxante muscular, que o torna um dos recursos mais eficientes para uso na massagem." LZ
Indicações terapêuticas:
- Antiinflamatório útil em bursites, artrites e reumatismos +++
- Analgésico útil em tendinites, contusões e distensões musculares +++
- Relaxante muscular útil em torcicolo, tensão e nódulos musculares ++++
- Antialérgico (pele, rinite) ++
- Antifúngico e antimicrobial (bactérias e micoses) +++
- Cicatrizante útil em feridas e queimaduras +++
- Regenerador da pele e rejuvenescedor +++
- Antioxidante +++
- Anticancerígeno e antitumoral +++
- Imunoregulador em doenças auto-imunes como dermatites +++
- Reduz convulsões e frequência de ataques epilépticos
- Possui efeito hipotensor +
- Aumenta a motilidade intestinal melhorando a prisão de ventre ++
- Reduz rugas e linhas de expressão ocasionadas por tensão dos músculos faciais ++++
O cipreste azul é uma árvore nativa do norte e oeste da Austrália procurada nestas áreas para uso de sua madeira.
Seu óleo essencial difere dos óleos de ciprestes tradicionais, até por que é obtido da madeira e não das folhas. Seu processo de destilação é demorado e pode durar até 48 horas sob temperatura e pressão controladas para não destruir moléculas sensíveis como os azulenos, que dão uma magnífica cor azul a este óleo essencial. Seus principais azulenos são o guaiol e o guaiazuleno, este último possui propriedades anti-oxidantes8, anti-asmáticas5, anti-inflamatórias, anti-piréticas6 e anti-alergênicas7 similares às do camazuleno. Além disso o guaiazuleno se mostrou eficiente no tratamento da dermatite recalcitrante22.
Quando o óleo de cipreste azul é primeiramente extraído, ele possui um teor de guaiol muito alto (26-30%). O guaiol é o componente principal responsável pelo aroma do óleo de pau santo falso (Bulnesia sarmientoi). O óleo com esta porcentagem de guaiol vem a ficar sólido em temperaturas inferiores a 18ºC. Para evitar isso, o guaiol cristalizado é separado do líquido por filtração a vacum para atingir níveis próximo de 11%. O guaiol possui propriedades antioxidantes e antimicrobiais34,35,36.
A madeira e os galhos possuem em torno de 85% de a-pineno. Para reduzir os níveis de a-pineno, na destilaria as primeiras horas das partes destiladas é descartada. Ou, alternativamente a madeira picada é deixada exposta ao ar antes de ser destilada, para parte do a-pineno evaporar para a atmosfera. Este óleo modificado se torna assim uma nota de base tendo um aroma amadeirado doce, balsâmico e herbáceo. É um excelente fixador de perfumes que mistura bem com outras notas amadeiradas, cítricas e aromas “verdes”, caindo muito bem, especialmente em perfumes masculinos. Comercialmente somente se encontra para comprar o óleo sem a-pineno e com teor de guaiol reduzido.
O cipreste azul contém também em seu óleo certa quantidade eudesmol, conhecido por sua ação antiviral1 em óleos empregados por aromaterapeutas no tratamento de verrugas e herpes. Os isômeros do eudesmol também veem sendo estudados pelo seu poder de inibição de tumores e variados tipos de câncer, seja por uma ação indutora da apoptose (morte celular) ou ação anti-angiogênese9,10,11,12,13,14,15. O guaiazuleno também mostrou ter propriedades anticancerígenas, inclusive mais fortes que as do a-humuleno (presente na sucupira) na inibição proliferativa de células tumorais com ação anti-radicais livres marcante16,17.
Mas o uso mais proeminente do b-eudesmol do óleo de cipreste azul, é no sistema nervoso. Primeiro, foi observado que o b-eudesmol possui a capacidade de induzir o crescimento de neurônios, com aumento da extensão de axônios25,26, sendo uma promissora terapêutica, de acordo com estudos, no tratamento da doença de Alzheimer26 e outras patologias associadas à perda neural.
Além disso, este componente demonstrou ter uma ação antagonista à toxidade letal induzida pelos organofosfatos (tipo de agrotóxicos) pela reversão da falência neuromuscular e redução da ocorrrência de convulsões28,29. Este resultado sugere seu potencial terapêutico no controle dos ataques epilépticos e convulsões.
O isômero a-eudesmol, mostrou ter ação neuroprotetora no AVC reduzindo o tamanho da área infartada27. Devido a reduzir a inflamação neurogênica no sistema trigêmio-vascular30, responsável pela sensibilidade na face e no crânio, o a-eudesmol mostrou-se igualmente eficiente no tratamento de variados tipos de enxaquecas.
Uma planta oriental, a Atractylodes lancea, indicada na medicina tradicional chinesa no alívio de dores musculares, contém como princípio ativo para este fim, o b-eudesmol. Foi descoberto que esta molécula, presente em consideráveis proporções no cipreste azul, é um bloqueador neuromuscular despolarizante que interrompe a transmissão do impulso nervoso na junção neuromuscular ao deprimir a liberação regenerativa de acetilcolina durante estimulação repetitiva, produzindo assim, paralisia dos músculos esqueléticos18,19,20. Além disso, o b-eudesmol mostrou aumentar o efeito da succinilcolina, droga utilizada com função bloqueadora muscular, tendo este efeito sido mais forte em animais diabéticos21.
Ao inibir a contração muscular induzida pelos nervos, o b-eudesmol promove uma ação relaxante muscular muito útil na massagem no alívio e liberação de nódulos de tensão muscular ocasionados por stress ou mecanismos inflamatórios. O cipreste azul por conter boa parcela deste composto, é desta forma um excelente óleo terapêutico para massagens.
Esta sua ação relaxante neuromuscular, ainda permite ao óleo de cipreste azul inibir localmente os nervos de contraírem os músculos faciais devido a um constante estado de tensão em pessoas estressadas, o que com o passar das semanas de uso, reduz as rugas faciais e linhas de expressão.
O b-eudesmol mostrou ter também um efeito inibidor dos receptores de dopamina e seratonina (5-HT) nos intestinos, induzindo assim a um aumento da motilidade intestinal24, mostrando potencial de uso do óleo essencial de cipreste azul no tratamento da prisão de ventre.
Ainda sobre as propriedades do b-eudesmol, este componente ativo do óleo de cipreste azul apresentou ação anti-inflamatória (com inibição da IL6)2,3, ação anti-ulcerogênica3, comprovado poder antifúngico contra micoses de pele31, propriedades hipotensoras32 e hepatoprotetoras33.
Em experiências práticas de aromaterapeutas ao redor do mundo, o cipreste azul tem demonstrado resultados muito satisfatórios no tratamento via inalação de alergias respiratórias (rinites) e de pele e parece ter uma ação imunomoduladora que responde em algumas desordens auto-imunes, como as dermatites.
Aspectos emocionais:
Este óleo atua naqueles que precisam perceber sua individualidade, valorizando-se, trabalhando a aceitação própria e sua força de vontade. Igualmente é um óleo com qualidades aterradoras, que dissolve emoções de pessimismo e agressividade (raiva). O cipreste azul produz um profundo estado de relaxamento, liberando couraças de tensão ao longo de todo o corpo, aliviando assim o estresse. Seda e tranquiliza, favorecendo a introspecção e reflexão.
Usos veterinários:
O óleo de cipreste azul ainda pode ser considerado como tendo potencial inseticida devido aos componentes b-eudesmol4 e guaiol23, contra a mosca doméstica e das frutas, ácaros e outros insetos.
Contra-indicações:
Deve-se evitar seu uso em mulheres grávidas (anti-angiogênico), pessoas com paralisia do diafragma e dificuldade respiratória (devido ao efeito bloqueador muscular do óleo), hipotensos, pessoas que tenham arritmia cardíaca e glaucoma.
CROMATOGRAFIA CIPRESTE AZUL LASZLO
Constituinte Porcentagem
β –elemeno 1.1
α – guaieno 0.7
β –chamigreno 1.7
β –selineno 3.9
Cis - β –guaieno 0.5
α- selineno 3.6
α-bulneseno 0.9
Guaiazuleno 0.1
Callitrina 1.1
Callitrisina isômero 1 0.9
Callitrisina isômero 2 1.9
Columellarina 0.4
Germacranolídeo isômero 1 0.2
Germacranolídeo isômero 2 0.1
Dihidrocolumellarina 10.3
Camazuleno 0.1
Elemol 1.7
Guaiol 15.2
γ- eudesmol 10.7
β- eudesmol 7.6
Bulnesol 12.7

Textos Fabian Laszlo
Aromatólogo e pesquisador de óleos essenciais
Copyrighthttps://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/fa1/1/16/a9.png©: Este artigo pode ser reproduzido em sites e blogs na internet desde que citado nome do autor e contato.
Referências:
1. Astani A, et al.Screening for antiviral activities of isolated compounds from essential oils. Evid Based Complement Alternat Med. 2011;2011:253643.
2. Seo MJ, et al. The regulatory mechanism of
β-eudesmol is through the suppression of caspase-1 activation in mast cell-mediated inflammatory response. Immunopharmacol Immunotoxicol. 2011 Mar;33(1):178-85.
3. Sghaier MB et al. Anti-inflammatory and antiulcerogenic activities of leaf extracts and sesquiterpene from Teucrium ramosissimum (Lamiaceae). Immunopharmacol Immunotoxicol. 2011 Dec;33(4):656-62.
4. Chu SS et al. Insecticidal compounds from the essential oil of Chinese medicinal herb Atractylodes chinensis. Pest Manag Sci. 2011 Oct;67(10):1253-7.
5. BLAZSO S. Further results with chamazulene in the treatment of asthmatic diseases in infancy and childhood. Schweiz Med Wochenschr. 1951 Feb 3;81(5):110-1.
6. Horakova Z. Antipyretic action of chamazulene. Chekh Fiziol. 1952;1(3):195-204.
7. Mitolo Gr.Camazulene in allergic diseases. I. Experimental study on the toxic effects and histamine and serum shock in guinea pigs. Minerva Pediatr. 1954 Nov 30;6(22):918-22.
8. Dovolou E et al. Effects of guaiazulene on in vitro bovine embryo production and on mRNA transcripts related to embryo quality. Reprod Domest Anim. 2011 Oct;46(5):862-9.
9. Bomfim DS, et al. Eudesmol isomers induce caspase-mediated apoptosis in human hepatocellular carcinoma HepG2 cells. Basic Clin Pharmacol Toxicol. 2013 Nov;113(5):300-6.
10. Li Y, et al.
β-Eudesmol induces JNK-dependent apoptosis through the mitochondrial pathway in HL60 cells. Phytother Res. 2013 Mar;27(3):338-43.
11. Yang H, et al. Cytotoxic terpenoids from Juglans sinensis leaves and twigs. Bioorg Med Chem Lett. 2012 Mar 1;22(5):2079-83.
12. Ma EL, et al. Beta-eudesmol suppresses tumour growth through inhibition of tumour neovascularisation and tumour cell proliferation. J Asian Nat Prod Res. 2008 Jan-Feb;10(1-2):159-67
13. Tsuneki H, et al. Antiangiogenic activity of beta-eudesmol in vitro and in vivo. Eur J Pharmacol. 2005 Apr 11;512(2-3):105-15.
14. Ben Sghaier M et al. Flavonoids and sesquiterpenes from Tecurium ramosissimum promote antiproliferation of human cancer cells and enhance antioxidant activity: a structure-activity relationship study. Environ Toxicol Pharmacol. 2011 Nov;32(3):336-48.
15. Britto AC et al. In vitro and in vivo antitumor effects of the essential oil from the leaves of Guatteria friesiana. Planta Med. 2012 Mar;78(5):409-14.
16. Vinholes J et al. Assessment of the antioxidant and antiproliferative effects of sesquiterpenic compounds in in vitro Caco-2 cell models. Food Chem. 2014 Aug 1;156:204-11.
17. Fiori J, et al. Cytotoxic activity of guaiazulene on gingival fibroblasts and the influence of light exposure on guaiazulene-induced cell death. Toxicol In Vitro. 2011 Feb;25(1):64-72.

sábado, 20 de maio de 2017

Celulite.... de novo!?!??!
É, acho que um dos assuntos mais falados, dos que tem mais “receitinhas” mágicas , depois de emagrecimento é a celulite... Se vc digitar celulite no google, abrem-se páginas e páginas não é mesmo? Tá, e aí vc que está lendo vai perguntar: ok...se é um assunto com tanta repercussão e tanto artigo, porque vc também vai escrever sobre ele? Justa... pergunta justa mesmo.... e a resposta é, que na minha opinião, cada um tem uma visão da celulite e por isso eu resolví escrever a minha !
Eu ando dialongando muito comigo mesma, desde que  tive o prazer e a honra de trabalhar na tradução do livro da Marguerite Maury (Alquimia dos aromas para a Juventude, que é o título da versão em português, que será lançado pela Editora Laszlo em breve) sobre Juventude e sobre Beleza. O livro fala sobre isso, e  traz , pelo menos trouxe para mim, muita reflexão sobre o que é realmente beleza e o que é realmente juventude. Esse sonho da juventude eterna persegue o ser humano desde sempre não é? Aliás, envelhecer é um processo até certo ponto, meio cruel. Mas é inevitável, pois faz parte do processo da vida. E Marguerite (olha a intimidade...), fala disso com tanto conhecimento e bom senso, que a gente até começa a aceitar melhor (rs).  Ela traz muitas informações e talvez pelo fato de ter ficado lendo e relendo alguns capítulos, despertou algumas reflexões interessantes.... uma delas é que a beleza e a juventude tem que estar dentro de você para se refletir na sua pele, nos seus olhos, cabelos e físico, de verdade!!!! Lembro de ouvir isso desde pequena, mas acho que a ficha nunca tinha caído tão certinho como caiu agora.... Nesse caminho que escolhí trilhar de 2006 para cá, muitos insights foram acontecendo. O estudo, o uso dos óleos essenciais, dos óleos graxos, foram criando tijolinhos e agora as reflexões com esse trabalho, trouxeram o telhadinho que faltava ... Alguns podem dizer, mas você já está com 61 anos...agora Inês já é morta.... o desgaste já está aí... hum... de certa forma sim, mas tem como reverter pelo menos em parte... e essa é a mensagem!  Nunca é tarde para a gente começar a se olhar de outra forma, e mudar, melhorar e até recuperar a saúde, o vigor e o viço!
Tá, mas e a celulite? É , o artigo é sobre celulite.... falei tudo isso...e esquecí da celulite? Não... isso tudo foi para dizer que celulite também a gente tem que pensar de dentro para fora.... alimentação, pensamentos, vícios, estresse,  postura diante da vida e diante do que se é. Conscientização do motivo porque quero me livrar dela... pelos outros ou por mim mesma? Filosofei? Talvez, mas vale refletir né?
Então, 85% das mulheres “sofrem” com a celulite... bastante não é?  Tem a ver com os hormônios femininos...sim... mas não apenas isso, ok? Celulite  cujo nome “bonito” é lipodistrofia ginoide, é um acúmulo de células adiposas, envolvidas por fibras de colágeno, que formam alvéolos e que ficam com o aspecto já conhecido de “almofadinhas”- ela ocorre na pele e aparece no glúteo, coxas e abdômen.  O fenômeno “casca de laranja” que também é chamado de celulite, se caracteriza por células gordurosas que invadem todo o corpo e que diminuem progressivamente de volume quando se segue um regime alimentar. Mas vamos combinar, que a celulite não está ligada só a pessoas com excesso de peso, mesmo pessoas magras podem apresentar, porque aí tem a ver com a capacidade do corpo eliminar a gordura.
A celulite não é uma inflamação, nem uma enfermidade em si. Mas é necessário ter certos cuidados, pois ela pode ser fonte de patologias importantes, como varizes, tromboses ou embolias. Para compreender bem esse fenômeno, precisamos pensar um pouco em fisiologia cutânea. Bem simplificadamente: a pele se organiza em três camadas superpostas. É na hipoderme que os glóbulos gordurosos vão se alojar, no seio do tecido conjuntivo. As gorduras ali se armazenam a fim de assegurar as reservas de energias úteis para o nosso corpo. Essas células são chamadas de adipócitos , e temos perto de 25 bilhões delas em nosso corpo. Quando por alguma razão nosso corpo não consegue trabalhar adequadamente com os adipócitos (que não são ruins, porque eles tem trabalho importante no metabolismo), e temos então desequilíbrios , passamos a desenvolver a celulite.
Todo mundo está careca de saber que temos 3 estágios .... Grau I (que aparece ao comprimir a pele), Grau II – quando aparece sem compressão e Grau III quando a aparência é da casa de laranja.
Como tratar... várias formas não é mesmo? Rever a alimentação, o consumo de água, os hábitos e vícios, exercícios físicos e claro, métodos externos, como massagens, aplicações locais. E é aí que entram nossos parceiros tão queridos, os óleos essenciais. Eles vão trabalhar, com conjunto com óleos vegetais extra-virgem, não apenas nos tecidos afetados, mas em todo o corpo, e também no nosso emocional e no nosso mental.
Gosto de pensar em óleos:
- os lipolíticos, os que ajudam melhorando a circulação sanguínea e  os desintoxicantes: podemos citar alecrim (hipertensos e pessoas com quadro de epilepsia atenção!!!!!), cedro, laranja doce, capim limão, limão tahiti, mandarina, junípero, pinheiro.
- óleos drenantes como bergamota, erva-doce (atenção ..esse é um óleo que nem todo mundo gosta por questões emocionais, e que merece atenção em mulheres que fazem uso de reposição hormonal, combinado?),  patchouli (trabalha no sentido de evitar a retenção)
- óleos que ajudam a diminuir os nódulos de gordura como gerânio, ou a reduzir edemas e inchaços como o cipreste
- óleos anti-inflamatórios (especialmente para emoções inflamadas....) como a lavanda, a copaíba, a sálvia esclareia
- como carreadores: óleos de cocos (palmiste, coco da praia, babaçu) que trabalham inclusive o sistema imunológico, semente de uva que é desintoxicante  (atenção gente.... óleos de semente de uva barato não existe kkkk..... pensem como é fazer óleo das sementes de uva, em termos de quantidade de sementes – não dá para ser barato né? Tem muita falsificação por aí com óleo de soja, corante e essência) , abacate (usar em conjunto com outro óleo) que conserva a elasticidade da pele (procure o óleo de abacate verde escuro, que não foi refinado, porque aí vc vai ter todas as vitaminas e componentes graxos especiais desse óleo, totalmente intactos).
Bom, tem várias dicas de óleos bacanas. É para usar todos de uma vez? Não!!! Não precisa. Escolha os óleos de acordo com a sua necessidade física e emocional (exemplo: tem retenção de líquido, e no lado emocional, tem compulsão alimentar.... hum... então bergamota é um dos óleos a se usar, junto com uma lavanda ou uma salvia, para ajudar no estresse e porque não um cedro, para ajudar a se firmar, fixar seu objetivo de “se” melhorar....) – numa base de óleo de palmiste.. que mistura cheirosa, gostosa e eficiente..... Se quiser acrescentar de repente um óleo de capim limão que ajuda na circulação e traz um toque picante e fresco, pode.... e assim,  vai testando e percebendo o trabalho de cada óleo no seu corpo, na sua mente, no seu coração e vai se equilibrando e melhorando – de dentro para fora.... quando vc percebe, já está se alimentando melhor, está mais centrada, mais calma , mais feliz....e mais jovem e bonita!.
Espero que vc tenha chegado até o final desse “romance” de hoje e que mesmo que não tenha celulite, aproveite para fazer um bom óleo de massagem !


Até a próxima!

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Enveredando na cozinha com óleos essenciais.... e Grão de bico


Informações sobre o grão de bico e as receitas, puxei dos blogs:
(http://melhorcomsaude.com/propriedades-grao-bico/)  e www.belezaesaude.com– e aí, me intrometí em alguns comentários....

Graças ao seu conteúdo de zinco o grão de bico permite que o corpo assimile e armazene a insulina, e por isso é ideal no caso de diabetes. Ele também nos ajuda a fortalecer o sistema imunológico.

Propriedades do grão de bico
Grão de bico é um dos principais ingredientes da gastronomia Oriental e do Oriente Médio e contém muitos nutrientes, dentre eles fibras, proteínas e vitaminas.
Pode ser facilmente encontrado em supermercados em forma de grãos integrais (crus ou cozidos) ou como farinha, já processada.
- aqui faço um parentesis – se você puder, compre o grão de bico cru. Aqueles que já vem cozidos, quer em embalagens a vácuo ou mesmo em lata, não são legais, se você procura uma alimentação mais saudável e viva. Existem estudos que mostram que os alimentos processados, os alimentos em lata, não possuem mais energia , pelo contrário, eles “roubam” carga energética do nosso corpo. Então é assim...dá trabalho? Sim, um pouco, mas pelo menos você sabe o que colocou (água e sal).... não colocou conservantes, corantes, sal em excesso....enfim...é a sua saúde não é?

Antes de continuar, vamos comentar sobre o cozimento? Eu ouví uma médica homeopata, bamba em medicina tradicional chinesa, que ensinou uma pessoa a cozinhar não só feijões, mas todo e qualquer grão, de forma a evitar os desagradáveis gases.... Esses gases que os grãos provocam, são na realidade, uma substância que a planta produz para se proteger. Por isso, muitos grãos de milhares de anos já foram encontrados praticamente intactos. Essa substancia repele carunchos e insetos. E a gente precisa tirá-la para não provocar problemas no nosso corpo.
Muita gente deixa o feijão, o grão de bico de molho só para “amolecer”. Bem, a verdade é que a gente deixa de molho na água, para acordar o grão, a semente.  E nesse processo, as tais substancias são liberadas. Por isso, a gente tem que jogar a água do molho fora...e não usá-la para cozinhar!
Pois bem, eu sabia até aí....era assim que a minha avó e minha mãe faziam.... Mas a médica acrescentou que é legal se a gente colocar os grãos na panela de pressão com água e levar ao fogo. Quando começar a ferver, a fazer aquele barulhinho característico, deve-se desligar a panela e esperar sair toda a pressão. Aí deve-se jogar fora aquela água. Feito isso, coloca-se de novo o grão na panela, adiciona-se água quente (lembre de esquentar a água, porque o seu grão está quentinho), e coloca para ferver novamente. Pronto. A vantagem, além de não provocar gases, é que o feijão, o grão de bico, vão cozinhar muito mais rápido.

Informação nutricional
Uma porção de 100 gramas de grão de bico cozido sem sal nos oferece hidratos de carbono (criadores de energia), fibra dietética (boa para a saúde cardíaca e digestiva), proteínas e gorduras, mas, além disso, este grão oferece em sua composição vitaminas A, B6, C, E e K, cálcio, fósforo, potássio, zinco, magnésio, ferro e sódio.

Benefícios do grão de bico para saúde
Dois principais benefícios do grão de bico
Por conter fibra dietética, os grãos de bico servem para reduzir os níveis de colesterol ruim no sangue, mas por sua vez é bom para diminuir a pressão arterial e a quantidade de triglicerídeos. Então, pode reduzir o risco de sofrermos ataques cardíacos, doenças cardíacas e acidentes cérebro vasculares.
Seus componentes são excelentes para promover a saúde digestiva, aumentando o tamanho das fezes. Por exemplo, em casos de diarreia não há nada melhor do que um prato de grão de bico para estabilizar e fortalecer o intestino. Além disso, também ajuda a prevenir e tratar as hemorroidas.


Pessoas que apresentam anemia ferropriva (por problemas na quantidade de ferro no organismo), podem consumir grão de bico para aumentar seus níveis de ferro, que é um dos componentes principais deste alimento.
Para aqueles que praticam esportes com frequência e tem um grande desgaste de ferro devido a atividade física o grão de bico também é recomendado.
Além disso, o grão é uma grande fonte de potássio, o que o torna muito bom para melhorar a circulação, regular a pressão arterial, e é muito recomendado para aqueles que sofrem de hipertensão Serve para prevenir doenças reumáticas ou a artrite, bem como as câimbras.
Os diabéticos podem consumir grão de bico e aproveitar de seus benefícios, pois seu teor de zinco permite ao corpo assimilar e armazenar insulina.
Além disso, o zinco é bom pra o crescimento geral do organismo, pra subir o sistema imunológico, cicatrizar feridas e metabolizar proteínas. Ajuda a combater a fadiga e se encarrega de transportar vitamina A até a retina.
Aqueles que apresentam problemas com o trânsito intestinal podem comer grão de bico, por que contém uma grande quantidade de fibras. Servem para controlar a obesidade e prevenir o câncer de cólon.
Graças ao ácido fólico que o legume contém, é muito bom para mulheres grávidas ou que estão amamentando. Pode ajudar às pessoas que fumam ou consomem álcool a absorver melhor a vitamina B9.
Finalmente, ficou comprovado que a vitamina K do grão de bico serve para uma melhor coagulação do sangue e para o metabolismo dos ossos.

No site www.belezaesaúde.com encontrei... Aumento da Serotonina
O grão-de-bico apresenta uma boa biodisponibilidade, assegurando a oxigenação no cérebro. Há também a síntese de mielina — um isolante elétrico que permite uma condução mais rápida e eficiente dos impulsos nervosos — o que pode melhorar o raciocínio, a disposição física e também o humor.

É repleto de triptofano, aminoácido essencial para a produção da serotonina, aquela famosa substância que garante a sensação de bem-estar. Alguns estudos afirmam que o grão-de-bico possui o mesmo efeito que o chocolate na produção de serotonina, com a vantagem de estar livre das gorduras e carboidratos presentes no mesmo, o que conferiu ao grão-de-bico o título de “grão da felicidade”.

Bom para Saúde da Mulher
Ele acumula fitoestrógenos, por isso já começa a ser usado em terapias de reposição hormonal na menopausa. Essas substâncias, também chamadas de hormônios vegetais, têm se mostrado capazes de prevenir a osteoporose e problemas cardiovasculares (embora não tanto quanto a soja).

Ajuda na Saúde do Coração
O grão de bico, devido à sua grande quantidade de amido, é usado pelo nosso organismo como fonte de energia. É pobre em água e gorduras, e está isento de colesterol. O grão-de-bico ainda possui ômega 3 e 6, que evitam doenças circulatórias e coronárias.
Segundo estudos, o grão-de-bico é capaz de reduzir o colesterol total e o colesterol ruim (LDL). Os pesquisadores acreditam que o resultado esteja associado à presença dos ômegas-3 e 6, que estão relacionados à diminuição do índice de gorduras no sangue e à prevenção de doenças cardiovasculares, como infartos e AVC. As fibras presentes nessa leguminosa são geralmente solúveis em água, por isso o grão-de-bico também colabora para o bom funcionamento do coração, pois diminui a absorção de açúcar, gordura e colesterol.

Receitas simples com grão de bico
Para que possa incorporar a grande quantidade de nutrientes que o grão de bico contém, prove as seguintes receitas:

Hummus: é uma receita árabe bem conhecida. Adicione em um recipiente uma xícara de grão de bico cozidos, dois dentes de alho picados, cominho, azeite de oliva, salsa picada, sal e o suco de um limão. Adicione um pouco de água e triture. Quando uma pasta lisa se formar estará pronto. Para servir, verta mais azeite de oliva e pimentão. Para comer acompanhe com pão árabe e sirva de entrada.
Para quem não gosta, pode tirar o pimentão que fica bom. Eu já testei usar uma parte de azeite de oliva e uma parte de óleo de gergelim..Fica delicioso. E como costumo enveredar nas experiências com os óleos essenciais, já usei óleo de limão siciliano (um dia em que não tinha limão em casa), e uma gota de óleo de noz moscada. Além de cheiroso, saboroso, ficou terapeutico.

Bolas de grão de bico:  parte misture uma cebola, dois dentes de alho, coentro, pimenta, cominho e pimentão. Jogue na mistura o grão de bico e triture com uma batedeira ou liquidificador. Deixe na geladeira por uma hora. Pegue pequenas quantidades da mistura e forme bolinhas, frite-as.
Bom, eu já dei a dica de tirar o pimentão...como eu não gosto de coentro, já troquei por salsinha e por manjericão. Fica show. Já usei uma gota de óleo essencial de cominho e também óleo de noz moscada.Claro que fritura não é o melhor a se indicar, quando a gente está falando em comida saudável, não é? Mas para diminuir um pouco a culpa na consciência, frite com óleo de palmiste! Mas não abuse...não vai fazer toda semana esse bolinho!!!!

Hamburguer de grão de bico e polenta: cozinhe os grãos e faça um purê. Ferva água e sal e prepare a polenta.  Quando estiver quase pronta, adicione o purê de grão de bico. Adicione uma cenoura e uma cebola raladas. Deixe esfriar e coloque em uma bandeja por 1 hora. Desmolde com forma de  hambúrguer e leve para o forno para dourar.
Eu sempre tenho uma garrafinha de azeite “temperado” com ervas ou com óleos essenciais. Esse azeite eu uso na finalização dos pratos. Você pode adicionar em 100 ml de azeite extra-virgem, por exemplo, 5 gotas de óleo  essencial de limão siciliano, ou óleo essencial de manjericão ou então cardamomo. Vale a experiência! Essa receita eu não testei, mas deve ficar gostosa também.

Ah, para terminar, vamos combinar... usar óleo essencial na cozinha, em quantidades mínimas, ajuda prá caramba e não vai fazer mal... MAS, atenção ! Verifique bem a marca do óleo, veja se o fornecedor tem todas as informações de origem, se o óleo está em vidro âmbar, se está registrado, se traz o nome do principal composto e o nome científico no rótulo. Procure por marcas confiáveis, que tenham análise cromatográfica para te fornecer , porque isso é sinal que foi feita uma análise e comprova a pureza do óleo (ou seja, prova que ele não foi adulterado com essencias, produtos químicos indesejáveis). Na dúvida, procure um aromaterapeuta. Não vá utilizando qualquer óleo, a olho...peça ajuda!!!! Mas tente...vai valer a pena . A sua saúde (física, emocional , mental e energética) e da sua família vai melhorar e muito!!!!


terça-feira, 19 de abril de 2016

INGESTÃO DE ÓLEO ESSENCIAL DE LAVANDA COMO MEDICAMENTO

Olá... hoje vim com um artigo que muita gente vai achar polêmico.... Bem, para quem já foi meu aluno ou convive comigo, sabe que eu faço ingestão de óleos essenciais. Uma amiga uma vez até brincou perguntando se eu queria ficar perfumada também por dentro.
Faço ingestão de óleos há muitos anos. Já postei testemunho sobre o óleo de pindaíba para enxaqueca, do tea tree em implantes dentários e de limão para limpeza e proteção do fígado e diminuição dos níveis de colesterol.
Nossa, como me criticaram por isso, me  chamaram  de doida e irresponsável, porém ao contrário do que essas pessoas esbravejaram que poderia acontecer comigo, os resultados foram e são positivos, e meus exames clínicos mostram total normalidade... Ah, e o meu fígado? Ele está ótimo, porque faço exames anuais ... e olha que eu tive hepatite quando jovem...!!!! Mas a questão é: eu não saio tomando qualquer óleo essencial e nunca  saí tomando óleo logo da primeira vez que lí um artigo e nem porque alguém falou que seria legal.  Venho estudando e aprendendo ao longo desses quase 10 anos de convivência e trabalho com aromaterapia, pesquiso e acompanho  artigos científicos, livros e publicações sérias, como a que tenho o prazer de colocar nessa postagem.
O que sempre digo para as pessoas é que nunca tomem um óleo sem saber tudo o que existe sobre ele. Sem saber seus efeitos colaterais, e o mais importante - que não saiam tomando óleo essencial por conta própria, sem a devida orientação.
Já coloquei aqui no blog, em outra postagem, um artigo do Prof. Fabian Laszlo, sobre toxidade de óleos essenciais e acho uma boa sempre reler,,, ÓLEOS ESSENCIAIS PODEM SER INGERIDOS?

Bem, acredito que muitas novidades nesse campo devem vir ainda este ano. Então, vamos começar com um artigo bárbaro da Dra. Adriana, que foi publicado pela Laszlo..e até a próxima!!!
Assim como o desenvolvimento da homeopatia e sua medicação por Hahnemann em 1779, novamente a Alemanha é pioneira por lançar oficialmente no mercado um medicamento exclusivamente a base de óleo essencial (OE) de lavanda (Lavandula angustifolia).
Em 2010, um laboratório da Alemanha registrou e lançou no mercado o medicamento Silexan®, cuja composição de cada cápsula varia de 80 mg ou 160 mg de OE de lavanda (L. angustifolia), contendo como principais constituintes o linalol e o acetato de linalila (Silexan®, register 2009). Os resultados das investigações evidenciaram a ação ansiolítica deste medicamento, ao ser ingerida 1 (uma) cápsula diariamente por período de 14 dias consecutivos (Kasper, 2013; 2015), demonstrando que OE de lavanda é tão eficaz quanto o benzodiazepínico lorazepam, em adultos com desordem de ansiedade generalizada (Woelk e Schläfke, 2010; Kasper, 2013; 2015). Deste modo eles indicam seu uso clínico por via oral para tratar ansiedade. Podemos calcular em gotas, a quantidade de óleo essencial de cada cápsula, ser em torno de uma gota (para a cápsula de 80 mg) e de 3 gotas (para a cápsula de 160 mg); o que coincide com a medida padrão que utiliza-se dentro da aromatologia francesa via oral há mais de 50 anos para tratamento de insônia e ansiedade, conforme vemos em livros como Aromathérapie, Traitement des maladies par les essences des plantes do Dr. Jean Valnet, publicado em 1964
A ação ansiolítica do OE de lavanda não se caracteriza como a ação de um benzodia-epínico, o que pode explicar a ausência de tolerância, dependência e síndrome de abstinência (Silenieks et al., 2013). Uehleke (2012), em seus resultados, constatou a ação do OE de lavanda também em situações de estresse pós-traumático, vindo ao encontro das investigações de Toda e Moritomo (2008), relativas à redução do estresse em voluntários humanos quando submetidos à inalação do óleo essencial de lavanda (Lavandula angustifolia), e de Aprotosoaie (2014) e de Effati-Daryani (2015). Uma das hipóteses do mecanis-mo da ação ansiolítica do OE de Lavandula angustifolia sustenta que este OE, através de seus componentes, é uma potente droga ansiolítica, semelhante ao fármaco pregabalina, que reduz o influxo de cálcio nos terminais pré-sinápticos em neurônios hiperexcitados pré-sinápticos do hipocampo, reduzindo dessa forma a liberação de neurotransmissores excitatórios, como o glutamato (Simonnet, 2008; Carrasco et al., 2013; Castro et al., 2013; Schuwald et al., 2013; Vadivelu et al., 2014). Bagetta (2010) e Navarra (2015) estudaram neuro-farmacologicamente a ação, nos sintomas de ansiedade induzida por estresse, transtornos leves de humor e dor do câncer, de outro óleo essencial cuja composição inclui percentuais elevados dos componentes linalol e acetato de linalila. Eles constataram a capacidade do óleo essencial em interferir no hipocampo dos mamíferos, na plasticidade sináptica normal e patológica. A neuroproteção foi observada no decurso de uma isquemia cerebral e dor. Estes autores associam esses efeitos aos componentes do OE, entre eles o linalol e o acetato de linalila.
Desse modo, a ingestão pura do óleo essencial de lavanda Lavandula angustifolia na quantidade de 80 a 160 mg por dia está regulamentada na Alemanha para o tratamento da ansiedade, com uma resposta terapêutica superior a medicação alopática, sem os transtornos dos efeitos colaterais.
Autora:
Adriana Nunes Wolffenbüttel
Doutora em Ciências Farmacêuticas. Autora do livro “Base da Química da Aromaterapia e dos Óleos Essenciais” - link para compra da 2a edição do livro:http://goo.gl/JxDlFI


Referências:
1. APROTOSOAIE, A. C., et al. Linalool: a review on a key odorant molecule with valuable biological properties. Flavour and Fragrance Journal, 29(4), 193-219, 2014. / 2. BAGETTA, G.; et al. Review, Neuropharmacology of the essential oil of bergamot. Fitoterapia, v. 81, p. 453–461, 2010. / 3. CARRASCO, J.L.; et al. Análisis comparativo de costes del inicio de terapia con pregabalina o ISRS/ISRN en pacientes resistentes a las benzodiazepinas con trastorno de ansiedad generalizada en España. Actas Españolas de Psiquiatría, v. 41, p. 164-74, 2013. / 4. CASTRO, R.J.A.; et al. Tratamento da dor em queimados. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 63, p. 149-158, 2013. / 5. EFFATI-DARYANI, F., et al. Effect of Lavender Cream with or without Foot-bath on Anxiety, Stress and Depression in Pregnancy: a Randomized Placebo-Controlled Trial. Journal of Caring Sciences, 4(1), 63–73, 2015. / 6. KASPER, S. An orally administered lavandula oil preparation (Silexan) for anxiety disorder and related conditions: an evidence based review. International Journal of Psychiatry in Clinical Practice, v. 17, p. 15-22, 2013. / 7. KASPER, et al. Efficacy of orally administered Silexan in patients with an-xiety-related restlessness and disturbed sleep–a randomized, placebo-controlled trial. European Neuropsychopharmacology, august, 2015. / 8. NAVARRA, M., et al. Citrus bergamia essential oil: from basic research to clinical application. Frontiers in pharmacology, 6, 2015. / 9. SCHUWALD, A.M.; et al. Lavender Oil-Potent Anxiolytic Proper-ties via Modulating Voltage Dependent Calcium Channels. PLoS ONE, v. 8, p. e59998, 2013. / 10. SILENIEKS, L.B.; et al. Silexan, an essential oil from flowers of Lavandula angustifolia, is not recognized as benzodiazepine-like in rats trained to discriminate a diazepam cue. Phytomedicine, v.20, p.172-177, 2013. / 11. SILEXAN®, register 2009: International Standard Randomised Controlled Trial Number ISRCTN74386009. Disponível em: <http://www.controlled-trials.com/ISRCTN74386009
>. Acessado em 11/10/2015. / 12. SIMONNET, G. Pre-emptive antihyperalgesia to improve pre-emptive analgesia. Anesthesiology, v. 108, p. 352-354, 2008. / 13. TODA, M.; MORIMOTO, K. Effect of lavender aroma on salivary endocrinological stress markers. Archives of Oral Biology, v. 53, p. 964-968, 2008. / 14. UEHLEKE, B.; et al. Phase II trial on the effects of Silexan in patients with neurasthenia, post-traumatic stress disorder or somatization disorder. Phytomedicine, v. 19, p. 665-671, 2012. / 15. VADIVELU, N.,et al. Preventive analgesia for postoperative pain control: a broader concept. Local and Regional Anesthesia, 7, 17–22, 2014. / 16. WOELK, H.; SCHLÄFKE, S. A multi-center, double-blind, randomised study of the lavender oil preparation silexan in comparison to lorazepam for generalized anxiety disorder. Phytomedicine, v. 17, p. 94–99, 2010.