quinta-feira, 22 de novembro de 2012

RESPIRAÇÃO


A passagem para outro plano, de uma pessoa que conhecí  pela internet, com quem mantive algumas conversas por e-mail me fez meditar e aquietar um pouco.....  Quase ao mesmo tempo em que ví a notícia , recebí uma ligação de uma cliente falando sobre a filha dela... menina de 17 anos que nasceu com problemas renais, passou toda a infância em tratamento e quando recebeu  alta , desenvolveu  um problema respiratório.....Parei e respirei...o coração apertado ..como a vida é estranha às vezes pensei...e qual a mensagem nesses dois fatos?  reação imediata - agradecí  ao Universo e ví o quanto sou e sempre fui  abençoada....e como sempre acontece quando medito, fui buscar uma leitura para tentar ajudar de alguma forma àquela menina....olhei meus livros na estante, busquei minhas apostilas e por fim, um livro me chamou...  A doença como caminho de Thorward  Dethlefsen e Rudiger Dahlke – capítulo : A Respiração.
Espero que a mãe que me relatou o fato , a quem conhecí  hoje pessoalmente, leia e de alguma forma, ajude no processo....
“ A respiração é um fenômeno rítmico. Ela se compõe de duas fases, a inspiração e a expiração. A respiração serve como um ótimo exemplo para a lei da polaridade: os dois pólos, inspiração e expiração, formam um ritmo por sua troca contínua. É assim que um polo obriga o surgimento do oposto, pois a inspiração provoca a expiração. Também podemos dizer: cada pólo vive da existência do pólo contrário, pois se destruirmos uma fase a outra também desaparece. Um pólo compensa o outro e ambos formam a totalidade. A respiração consiste em ritmo, e ritmo é o alicerce de tudo o que vive. Apenas podemos substituir com facilidade os pólos da respiração pelos conceitos de tensão e relaxamento ( contração e descontração). Essa correlação entre inspiração/contração e expiração/descontração se torna muito visível quando suspiramos. Existe um suspiro de inspiração que leva à contração, e existe um suspiro na expiração que leva à descontração.
No que se refere ao corpo, o fenômeno central da respiração é um processo de troca: através da inspiração, o oxigênio contido no ar é levado aos corpúsculos vermelhos do sangue: quando expiramos, expelimos dióxido de carbono. A respiração abrange a polaridade da recepção e da entrega, do dar e do receber. Com isso, chegamos ao simbolismo mais importante da respiração. Nas palavras de Goethe:
Há duas bênçãos na respiração, absorver o ar e soltá-lo outra vez, uma nos pressiona, outra nos refresca, que mistura maravilhosa é a vida!
Todas as línguas antigas usam a mesma palavra para respiração e para designar a alma ou o espírito. Em latim, spirare significa respirar e spiritus significa espírito; mais uma vez reencontramos a raiz de ambas as palavras num único termo: inspiração, que literalmente significa inspirar e assim  está ligada inseparavelmente a respirar para dentro, ou seja, deixar entrar. Em grego, psyche significa tanto respiração como alma. Em sânscrito encontramos a palavra atman, na qual podemos logo ver o elo que a liga à palavra germânica atmen (respirar). Na língua hindu, descobrimos também que uma pessoa que atingiu a perfeição é chamada de Mahatma, o que significa literalmente, tanto grande alma, como grande respiração. Da doutrina hindu aprendemos também que a respiração é a portadora da verdadeira força vital à qual os indianos chamam prana. Na história bíblica da Criação aprendemos que Deus soprou seu hálito divino no torrão de barro que formara e que, ao fazê-lo, deu a Adão uma alma viva.
... O ar que respiramos nos une num todo, quer queiramos quer não. A respiração portanto, tem algo a ver com contato e com relacionamento.
Esse contato entre o que vem do exterior e o nosso corpo acontece nas vesículas pulmonares (alvéolos). Nosso pulmão possui uma superfície interna de cerca de setenta metros quadrados, ao passo que a superfície de nossa pele mede apenas até dois metros e meio quadrados. O pulmão é o nosso grande órgão de contato. Se observarmos melhor , podemos  reconhecer também as sutis diferenças existentes entre os dois grandes órgãos humanos de contato,  os pulmões e a pele. O contato da pele é muito direto, é mais palpável e intenso do que o dos pulmões, e depende de nossa vontade. Podemos tocar em alguém ou deixar que nos toquem. O contato que estabelecemos através dos pulmões  é indireto, apesar de compulsório.  Não podemos impedí-lo, mesmo  que não possamos suportar alguém. Uma outra pessoa pode nos fazer faltar o ar. Um sintoma de doença pode muitas vezes ser atribuído alternadamente a estes dois órgãos de contato, a pele e os pulmões. Um abscesso cutâneo suprimido pode surgir como ataque de asma e então, depois que esta foi tratada, surgir outra vez como erupção cutânea. Pois, tal como as erupções cutâneas, a asma também é uma expressão do mesmo problema de personalidade – contato, toque, relacionamento. A relutância em estabelecer contato através da respiração pode surgir na forma de espasmos durante a expiração, como acontece com a pessoa asmática.
Se prestarmos atenção ao uso das expressões linguísticas relacionadas com a respiração ou o ar, descobriremos que existem situações em que sentimos falta de ar ou em que não conseguimos mais respirar livremente. É nesse ponto que começamos a tocar no assunto da liberdade e da restrição. Começamos a vida com nossa primeira respiração, terminamos a vida num último suspiro. No entanto, ao respirarmos pela primeira vez damos o primeiro passo para o mundo exterior, livrando-nos de nossa união simbólica com a mãe : tornamo-nos independentes,  auto-suficientes,  livres. Toda dificuldade respiratória, muitas vezes é sinal de medo, medo de dar o primeiro passo rumo à liberdade e à independência. Nesses casos,  a liberdade produz o efeito de nos tirar o folego, ou seja, provoca o medo do desconhecido. O mesmo elo entre liberdade e respiração pode ser visto nas pessoas que se livram de algum tipo de restrição, passando a um contexto de vida que lhes dá a sensação de liberdade, ou, na verdade, a liberdade estrarem ao ar livre: a primeira coisa que fazem é inspirar profundamente pois afinal agora podem respirar livremente outra vez.”....
E quais óleos podemos usar nestes momentos? Espruce  Canadense, Hortelã Pimenta, Eucalipto Glóbulus , Gerânio, Olíbano, Cedro do Atlas....e o que mais o seu coração pedir!


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