domingo, 4 de março de 2012

CELULITE, PROBLEMAS VASCULARES?

Óleos Essenciais de
Litsea cubeba & Cubeba
  A Litsea cubeba, também conhecida como May Chang é uma planta originária da China, Indonésia e Taiwan, conhecida regionalmente como “pimenta da montanha”.
          É possível obter-se óleo essencial tanto de seus frutos (rende de 3-5%) quanto folhas. A sua madeira é usada às vezes para fazer móveis e artesanato. É também utilizado como matéria-prima na indústria química para a síntese da vitamina A e fragrâncias sintéticas com nota de violeta.
          O óleo de Litsea é rico em citral (associação dos isômeros neral e geranial, 70-85%) e um pouco de limoneno. É de aroma mais delicado que o capim limão, possuindo as mesmas indicações que este no alívio de estresse por reduzir a liberação de ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) pela hipófise, age como hipotensor (vaso-dilatador), é um anti-séptico geral (fungos - micoses, bactérias, vírus - antigripal), tônico pulmonar (pneumonia e tuberculose), além de ter um uso especial na aromaterapia estética que é no tratamento de celulite e gordura localizada, por seu efeito ativador do metabolismo e da circulação local. Sua associação com o óleo de cubeba (Piper cubeba) e limão sicliano (Citrus limonum) a 1-2ml de cada (22-45 gts) em géis e cremes é muito eficiente e potente para isso, contribuindo também na drenagem linfática e desintoxicação.    
          Seu aroma acalma, facilita a introspecção, meditação e ajuda a se suportar turbulências com mais paciência e aceitação.  
Diferente do óleo de Litsea, o óleo essencial de Cubeba é obtido da Piper cubeba, espécie de pimenteira conhecida também como Pimenta de Java ou da Tailândia, países onde é utilizada para dar sabor ao gin tailandês e a cigarros, além de ter usos medicinais.
          Em seu Theatrum Botanicum, John Parkinson diz que o rei de Portugal proibiu a venda de cubeba a fim de promover a pimenta preta ou do reino (Piper nigrum) por volta de 1640. A cubeba teve um ressurgimento breve na Europa do século 19 mais para usos medicinais, mas praticamente desapareceu do mercado europeu desde então.
          É um óleo rico em sabineno e outros monoterpenos que o tornam parecido em ação com o junípero, especialmente nos seus usos para tratamento de desordens circulatórias (como varizes, má circulação, edemas, inchaços, drenagem linfática, trombose) e doenças das vias urinárias. O componente do óleo, o cubeneno é considerado um efetivo anti-inflamatório que apresenta a possibilidade de potencial uso no tratamento de doenças vasculares. Certo teor de terpinen-4-ol lhe garante propriedades anti-microbiais e anti-sépticas, muito úteis no tratamento de infecções, principalmente urinárias, como cistites e nefrites. Como um óleo yang, pode ser usado para fortalecer o pulmão e as vias urinárias.
          Na Índia, os textos em sânscrito incluem a cubeba em vários remédios. Charaka e Sushruta prescreveram uma pasta de cubeba na limpeza dentária, e o uso de cubebas secas internamente para doenças orais e dentárias, perda de voz, febres, mau hálito e tosse.
          Médicos Unani utilizam um creme dos frutos de cubeba externamente nos genitais masculinos e femininos para intensificar a prazer sexual durante a relação sexual.
          Na medicina tibetana a cubeba (ka ko la em Tibetano) é uma das ervas bzang po, seis ervas benéficas para órgãos específicos do corpo, sendo a cubeba associada ao baço.
          O Livro das “Mil e Uma Noites” menciona a cubeba como um ingrediente principal na fabricação de um remédio afrodisíaco para a infertilidade: “Uma pasta de cubeba foi dada a Shams-al-Din, um rico comerciante que não teve filhos, com a instrução que ele deveria comer a pasta duas horas antes de ter relações sexuais com sua esposa. Segundo a história, o comerciante teve a criança que ele desejava, depois de seguir estas instruções. Outros autores árabes escreveram que a cubeba torna a respiração perfumada, cura doenças da bexiga, e que "aumenta o prazer do coito”.”
          A utilização moderna da cubeba na Inglaterra data de 1815. Haviam várias preparações, incluindo o óleo essencial de cubeba, tinturas, extratos fluídos, óleo-resinas e inalações, que foram empregadas para tratamento de problemas respiratórios. Uma pequena quantidade de óleo de cubeba foi muito comum de ser usado em pastilhas para aliviar bronquites, nas quais as propriedades anti-sépticas e expectorantes eram muito úteis. A mais importante utilização terapêutica, contudo, foi no tratamento da gonorréia, onde sua ação anti-séptica foi de muito valor.  William Wyatt Squire escreveu em 1908 que a cubeba “age especificamente na mucosa genito-urinária, sendo ela empregada em todos os estágios da gonorréia”. Quando comparado com a copaíba, a cubeba tem a vantagem de ser menos desagradável para tomar e algumas vezes menos causadora de distúrbios no aparelho digestivo durante uso prolongado.O óleo essencial de cubeba tem uma marcante ação diurética e eficiente ação desinfetante das vias urinárias. A sua administração oral causa o aparecimento na urina de um sal de ácido cubebico que pode ser precipitado por calor ou ácido nítrico, sendo susceptível de ser confundido com a albumina, quando os testes mais comuns para a ocorrência de albuminúria forem aplicados.
          Os frutos da cubeba são utilizados em feitiços de amor pelos praticantes de hoodoo, uma forma afro-americana de magia popular.
          Em 2000, Shiseido, uma conhecida empresa de cosméticos japonesa, patenteou uma linha de produtos anti-envelhecimento que contêm fórmulas feitas a partir de várias ervas, incluindo cubeba.
          Em 1654, Nicholas Culpeper escreveu no dispensatório de Londres que cubebas eram "quentes e secos no terceiro grau ... que limpavam a cabeça da flegma e fortaleciam o cérebro, aqueciam o estômago e provocavam a luxúria"
          É um óleo de aroma afrodisíaco, revigorante, com notas que lembram uma mistura de aromas cítricos, pimenta e coníferas ao fundo. Para pessoas desvitalizadas e sem energia sexual.


Coletânea e textos de Fabian Laszlo
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LASZLO



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